Nem tudo é novo nesse momento, o desconhecido já não existe mais. Mas acontece uma grande descoberta: tal como um filho é diferente do outro, cada gravidez é diferente também!
Além disso, os pais estavam acostumados ao fato de que todo o tempo que eles escolhessem dedicar à parentalidade seria para uma criança. A partir desse momento, é preciso dividir e acreditar que aquele amor que não cabia no peito pode ser ainda maior.
O puerpério é um luto, um momento de lidar com a separação do bebê que estava na barriga e agora, apenas em seus braços. Além disso, precisa lidar com o fato de que não poderá mais passar tanto tempo com o filho mais velho, o que também traz uma sensação muito grande de perda.
Os hormônios estão oscilando constantemente e não irão ajudar a mãe a lidar dom esses sentimentos. Como sempre costumo dizer: não tente ser a mulher maravilha e procure ajuda e apoio quando precisar.
Impressionante como um bebezinho pode causar tantas mudanças em uma casa! E como ainda pode ficar pior quando já existe um outro bebê.
É preciso que os pais sejam muito unidos nesse momento, que saibam expressar seus sentimentos com muita paciência e cumplicidade. Planejar é tudo: a melhor coisa é já assumir de que a vida vai ficar mais trabalhosa e contratar ajuda ou já estruturar uma boa rede de apoio.
A pergunta mais comum quando vem o segundo filho é: “E o mais velho? Está com ciúmes? Está fazendo birra?” e eu me pergunto… será que podemos chamar de birra e ciúmes?
Se os pais são maduros, vividos, têm a cognição pronta, emoções trabalhadas – e, ainda assim, têm dificuldade de lidar com a chegada do segundo filho. Então, imagine uma criança tendo de se virar com tudo isso? É esperado que a criança tenha momentos de frustração, mas isso é fundamental para o desenvolvimento delas.
Isso não significa permitir as birras, mas os pais precisam saber ajudá-lo nesse momento, começando por mostrar que entendem o sentimento da criança. Isso não significa permitir as birras,