Quando tive minha primeira filha, fiz um curso de preparação para a maternidade que foi o pior curso que uma pessoa poderia ter. Falou-se em parto, como tudo é lindo e natural. Sobre a parte científica e metodologia para tudo (banho, fraldas, digestão do bebê, etc)
Só não me falaram como eu me sentiria no pós parto, que existiria dor, dificuldades, que poderia haver intercorrências. Que eu não saberia ser mãe naturalmente e haveria necessidade de ajuda, muita ajuda!
Recentemente, ouvi falar de um termo muito bom, chamado “rede de apoio”. Mais do que qualquer preparação, a rede de apoio é o que mais pode ajudar uma mãe após o nascimento do bebê, e muitas vezes começando até antes do parto.
Mas como “adivinhar” quem poderá me ajudar? Conhecendo nossas clientes, montamos uma listinha com 5 dicas de ouro para montar sua rede de apoio.
Essa lista deveria ser lida pelas futuras mamãe, pelos futuros papais e por quem for selecionado para ajudar (podem ser avós, irmãs, cunhadas, babás, etc)
Para começar, é muito importante entender o que não é apoio. Apoio não é impor nenhum conhecimento à uma mãe que acabou de parir, por mais adequado à sua vista que ele seja. Apoio não é se instalar na casa de uma recém-mãe sem ser convidado. É preciso abrir mão dos seus próprios desejos para apoiar.
Quem tem disponibilidade de tempo, e quem não vai se instalar na casa como visita. Isto é: na hora que o bebê dorme, você tem liberdade de dormir também. Uma enfermeira também é uma peça essencial para o seu time! Muitas mães precisam de mais suporte nos primeiros dias de amamentação. É muito importante já escolher essa pessoa e deixar uns dias agendados para esse suporte.
Atenção, papais! Faça com que a mãe do seu filho se sinta a pessoa mais maravilhosa do mundo. A auto-estima da mulher fica muito debilitada nessa fase, portanto nada como receber elogios e incentivo do amor da sua vida. Outra coisa: pai não ajuda, pai participa! Sim, os cuidados com o bebê também são responsabilidade do pai. Procure aprender e se mostrar disponível para isso. Mesmo que retorne ao trabalho antes do que a mãe, quando estiver em casa, procure participar o máximo que puder desses momentos.
Você passa 9 meses mudando de forma a cada minuto, vai abrir mão de sono, às vezes de trabalho e uma série de coisas. Vai começar fazendo o enxoval do bebê e nunca mais vai parar de comprar coisas para o seu filho (o que, por sinal, é uma delícia! E você pode montar na Intima Store) E a dica é: permita-se ser mimada também! Monte o seu enxoval, vá ao cabeleireiro, compre roupas bonitas para amamentação. Hoje em dia, existem lindos modelos de sutiã de amamentação. Marque uma drenagem para sentir-se menos inchada.
Esse papo de que “nascemos sozinhos, morremos sozinhos” não cabe na vida de uma recém-parida. Gritamos por apoio, em silêncio, por comidas gostosas, por ouvidos abertos, por braços livres de vez em quando, por amor, por solidariedade. Procure contar com todo o suporte que puder ter. Acredito que entre amigas e as orientações dos seu médico, podem haver mais indicações para montar essa rede maravilhosa de amor e suporte. Não aceite ajuda por educação. Se Alguém te oferecer ajuda, mas você não se sente à vontade com a pessoa, um “não, obrigada” não vai ofender.
Mas lembre-se, a rede de apoio é apenas um suporte! A mãe é você e quem toma as maiores decisões são você e o pai da criança. Não caia na tentação de terceirizar a criação do seu filho. Algumas funções serão cansativas, mas procure curtir o máximo que puder, driblando o cansaço e as dificuldade, pois a sua missão de ser mãe não é uma das coisas mais importantes, mas é A Missão mais importante da sua vida!